A máquina de escrever
A máquina de escrever como algo do passado ou apenas uma pausa para o futuro?
Entre tantas tecnologias presentes na educação atualmente, a máquina de escrever já foi considerada um grande passo tecnológico em seu momento dentro história, todavia poucos conhecem sua historicidade.
Logo, com a evolução, os tempos foram se modificando e para chegar até o nosso contemporâneo computador a comunidade tecnológica precisou "dar" um grande passo rumo aos meios de escrita e comunicação em nossa sociedade.
Equipamentos de ponta surgiram e nossas antigas máquinas, antes revolucionarias ficaram guardadas, hoje, para exposições.
Mas você conhece a história do início dessa escrita tecnológica? Quem conhece como iniciou o processo de escrita das máquinas de escrever? Eis a história...
A história da Máquina de Escrever
Por Letícia do Santos e Marcela de Lima
A máquina de escrever, máquina datilográfica ou máquina de
datilografia é um instrumento mecânico, eletromecânico ou eletrônico com
teclas que, quando pressionadas, causam a impressão de caracteres num
documento, em geral de papel.
O método pelo qual uma máquina de escrever deixa a impressão no papel
varia de acordo com o tipo de máquina. Habitualmente é causado pelo
impacto de um elemento metálico, com um alto relevo do carácter a
imprimir, numa fita com tinta que em contato com o papel é depositada na
sua superfície.
A MÁQUINA DE ESCREVER BRASILEIRA
A invenção de um dispositivo mecânico de escrita no Brasil é atribuída
ao padre Francisco João de Azevedo, nascido na Paraíba do Norte (atual
João Pessoa) em 1827 e falecido em 1888. Professor de Matemática do
Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, integrante de uma família em que
existiam mecânicos, constrói um modelo de máquina de escrever que
apresentou na Exposição Agrícola e Industrial de Pernambuco em 1861, e
na Exposição Nacional do Rio de Janeiro, em fins do mesmo ano, sendo
premiado com a Medalha de Ouro.
A INVENÇÃO
É difícil precisar quando a máquina de escrever foi “inventada”; e
também é difícil precisar quando ela começou a ser fabricada. A primeira
patente para uma máquina de escrever foi concedida na Inglaterra para
Henry Mills em 1713.
Não havia detalhes sobre a máquina em si ou sobre exemplares fabricados,
portanto ainda paira a dúvida se a patente foi concedida realmente para
uma máquina de escrever. Segundo o historiador Michael Adler, a
primeira máquina de escrever documentada foi fabricada por um nobre
italiano chamado Pellegrino Turri por volta de 1808.
Ele fabricou um artefato para que uma amiga, cega, pudesse se
corresponder com ele. A máquina em si já não existe, mas algumas das
cartas sim. Vários outros inventores desenvolveram protótipos, mas foi o
Padre Azevedo quem conseguiu construir o primeiro modelo que
funcionava. o modelo de Henry Mill, nunca saiu do projeto, ou seja,
nunca foi construído; o francês Xavier Progin, de Marselha, em 1833,
apresentou o seu invento, em que usou barras de tipo, sendo uma alavanca
para cada letra .A partir de 1850, principalmente nos Estados Unidos e
Europa, muitas foram as máquinas de escrever que surgiram, com especial
destaque para: Alfred Ely Beach, de Nova York (1856); do Dr. Samuel W.
O IMPACTO DA MAQUINA DE ESCREVER NAS REDAÇÕES
Em fevereiro de 1912 o Jornal do Brasil adquiriu três máquinas de
escrever, o primeiro passo para substituir as canetas bico de pena,
processo este concluído muitos anos depois diante das reações de
veteranos jornalistas que não abriam mão do hábito de escrever a mão.
Alguns daqueles senhores conheciam o equipamento, disponível na Casa
Pratt e outras lojas especializadas, há mais de uma década, naquele
tempo usado apenas nas repartições públicas, escritórios de advocacia e,
a julgar pelos apelos de venda dos anúncios publicados em jornais e
revistas, também em alguns lares. Os reclames insistiam na praticidade
de se escrever cartas numa máquina das marcas Royal ou Remington.
Mas, o uso de esses “incômodos” aparelhos de ferro nas redações não
era cogitado. É desconcertante imaginar que a tecnologia da máquina de
escrever tenha demorado tanto a ser assimilada pelas redações,
considerando que o seu uso efetivamente foi popularizado no final da
década de 20. Afinal, o invento estava disponível no país, desde a
última década do século XIX e o teclado “infernal” que assustava os
jornalistas com a sua incompreensível combinação de letras já era
realidade nas oficinas desde a introdução do linotipo.
Ou seja, durante muitos anos não houve a correlação de tecnologias
que seria recomendável para agilizar os processos de pré-impressão. O
jornalista escrevia a mão e o linotipista que muitas vezes era obrigado a
interpretar garranchos, fazia a digitação mecânica. Redatores mais
experientes sentavam-se ao lado do linotipista e ditavam o seu texto de
cabeça; as correções feitas, ali mesmo, na hora.
SUBSTITUÍDA
Desde a sua invenção e ao longo de grande parte do século 20, as
máquinas de escrever foram ferramentas indispensáveis para muitos
escritórios de negócios. Até o final da década de 1980, os processadores
de texto e computadores pessoais tinham substituído em grande parte as
tarefas anteriormente realizadas com máquinas de escrever no mundo
ocidental. Não é correto dizer que as máquinas de escrever foram
totalmente extintas, mas que sumiram, sumiram.
CURIOSIDADE
Última fábrica de máquinas de escrever do mundo fechou as portas em
2011. A Godrej and Boyce, a última empresa no mundo que ainda fabricava
máquinas de escrever, fechou as portas em Mumbai, Índia. Apenas 200
máquinas restaram no estoque da empresa. “Não estamos mais recebendo
pedidos”, disse o gerente da fábrica, Milind Dukle, ao jornal indiano
Bussiness Standard.
SEGUEM ALGUMAS MÁQUINAS DE ESCREVER QUE FIZERAM MUITO SUCESSO
Com sua fabricação iniciada em 1873, a Máquina de Escrever Scholes and
Glidden foi a primeira produzida em larga escala a fazer sucesso
comercialmente. Se você sempre quis saber o nome dos caras responsáveis
por forçá-lo a aprender o layout QWERTY, eis os culpados: Christopher
Latham Sholes e Carlos S. Glidden.
O Crandall New Model, que fez a sua primeira aparição em 1885, é bacana
porque se parece com a caveira de uma máquina de escrever. Nada além do
necessário está presente aqui. Apenas o puro e inalterado maquinário.
A Hermes 3000 é nada mais que icônica. Apresentada nos anos 1950, suas
linhas curvas e conforto ao digitar a tornaram a favorita dos
digitadores por décadas. Mesmo hoje, poucas máquinas de escrever são
lembradas com tanto carinho.
Sem dúvida a mais estranha de todas as máquinas de escrever, a Hansen
Writing Ball surgiu em 1865. Ela exigia que o digitador ficasse de cima
ao seu teclado montado no topo e colocasse o papel embaixo, que por sua
vez era esticado em uma moldura arcada. O proprietário mais famoso de
uma Writing Ball? Friedrich Nietzsche.
A máquina de escrever Lettera 10 não é particularmente chamativa, mas a
combinação de superfícies curvas, ângulos retos e uma abordagem
minimalista torna esta máquina a mais influenciada por ficção científica
de todas.
Um designer quis voltar no tempo e criou um estilo retrô para o famoso iPad. É isso mesmo, Austin Yang desenvolveu uma máquina de escrever mecânica para o aparelho.
Em
vez de usar o Bluetooth para poder teclar na tela, o aparelho tem
hastes que tocam no teclado virtual do tablet quando o usuário pressiona
a tecla, inserindo a letra desejada no texto.
O projeto, chamado de iTypewtriter,
tem como objetivo que os mais velhos, acostumados apenas com as
máquinas de escrever, voltem a usar o aparelho só que agora junto com o
iPad.
O iTypewtriter ainda não está à venda.
Eis que fica a questão, a máquina de escrever tornou-se algo do passado ou apenas uma pausa para o futuro? Fica a questão.
Fontes:
http://ahistoriadacomunicacao.wordpress.com/2013/04/01/a-historia-da-maquina-de-escrever/;
http://gizmodo.uol.com.br/10-das-mais-belas-maquinas-de-escrever-da-historia/