domingo, 4 de agosto de 2013

O Mimeógrafo



O Mimeógrafo



Outro artefato que antes era considerado uma grande tecnologia no ambiente escolar e que atualmente outras tecnologias o perpassaram e o tornaram algo um tanto quanto ultrapassado foi o momeógrafo. Este (do grego mimeo: imitar, copiar + grafia: escrita) é um instrumento utilizado para fazer cópias de papel escrito em grande escala e utiliza na reprodução um tipo de papel chamado estêncil e álcool. Foi um dos primeiros sistemas de cópias em série utilizados no ensino. 
O mimeógrafo é uma máquina que requer, para além da mão-de-obra, materiais para a geração de cópias a partir de uma matriz, como por exemplo: impressora matricial, papel sulfite ou de outro tipo, mesa de apoio, álcool, estêncil, scanner do texto e molha dedo. 
Acredita-se que um protótipo da máquina de impressão simples foi patenteado, em 8 de agosto de 1887, por Thomas Alva Edison, nos Estado Unidos. A patente foi deferida em 1880, e o nome "mimeógrafo" foi utilizado pela primeira vez em 1887, por Albert Blake Dick, que fora licenciado por Edison para a produção da nova invenção, mas infelizmente ainda não se sabe se estas informações confirmam-se plenamente.



Um mimeógrafo à manivela utilizado na Polônia por 
opositores ao regime comunista após 1981.



A máquina foi sendo aperfeiçoada, mantendo, entretanto, sua simplicidade de manuseio, incorporando-se uma pequena rotativa manual — o que permitia uma rápida reprografia de diversas cópias em pequenas tiragens. Até a ampliação do uso das máquinas de fotocópia e outras equivalentes, de reprodução em série e com maior qualidade, o mimeógrafo era a mais barata e eficiente forma de impressão para pequenas tiragens, sem qualidade.




Um mimeógrafo usado na Rússia onde se observa um 
estêncil com caracteres do alfabeto cirílico.





O mimeógrafo foi lançado em 1880 e utilizado pela primeira vez em 1887, mas sua utilização efetiva ocorreu apenas no século XX. Apesar de ser visto como uma máquina obsoleta, principalmente por quem não atua na área educacional, ainda é comercializado por grandes lojas especializadas em informática e papelaria, o quê comprova que ainda há demanda por ele. A aceitação mercadológica existe inclusive para mimeógrafos usados, conforme se verifica nos anúncios de jornais, revistas e internet, os quais o apresentam sob diversas marcas, tipos, pesos, e especificações em geral.

A utilização do equipamento dá-se da seguinte forma: posiciona-se a página a copiar sobre o papel estêncil e traça-se por cima os contornos dos caracteres; coloca-se o estêncil no mimeógrafo com folhas em branco; então gira-se a manivela. Seu ponto positivo é o baixo custo por cópia (dois centavos de Real por cada cópia da matriz em 2009), enquanto seus pontos negativos são a as doenças decorrentes do uso, a baixa qualidade da cópia, os desperdícios de material (nem sempre a cópia é gerada com clareza) e a lentidão do serviço. Raramente precisa ser consertado, e quando precisa o custo de manutenção é baixo, quando comparado por uma fotocopiadora.




Exames escolares mimeografados



O mimeógrafo teve larga utilização como meio barato de produção de cópias de textos, sobretudo em escolas. Essas máquinas tinham inicialmente a força motriz manual, depois aperfeiçoada para a eletricidade. Os textos eram preparados com a ajuda de uma máquina de escrever, numa matriz em papel, chamado estêncil, impermeável e que continha a tinta concentrada numa das faces. A máquina ou um instrumento pontiagudo (para os desenhos) faziam perfurações que permitiam a passagem da tinta e a consequente impressão no papel. Esta tinta da matriz dissolvia-se em álcool, que era colocado num recipiente da máquina. Colocava-se a matriz num pequeno cilindro poroso cheio de tinta e girava-se uma manivela que o punha a rodar. A velocidade escalar tangenciando o cilindro impelia a tinta através da matriz, e esta imprimia diretamente no papel.



Alguns mimeógrafos de nossa história
Mimeógrafo em imagem preto e branco utilizado por diversos escritores




Primer mimeógrafo San Marcos




Mimeógrafo mais comum em ambientes escolares



Algumas informações noticiadas pelos jornais entorno do Mimeógrafo.



Notícia do jornal O Estadão.




Notícia do jornal O Estadão.



O que ontem era bom, hoje se tornou ultrapassado. O que hoje é maravilhoso, amanhã pode ser apenas uma recordação em fotos antigas. As tecnologias se modificam a cada piscar de olhos, a todo momento estamos sendo bombardeados por inovações, todavia isso não significa que devemos esquecer o que passou por nossa história.


Espero que tenham gostado de nossa matéria.





7 comentários:

  1. Poxa gente super legal, gostei muito. Sempre se fala muito da história do computador ou da maquina fotográfica, mas se esquecem que o mimeógrafo também tem história.

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  2. Muito interessante meninas. Estamos tão envolvidos em novas tecnologias, que por vezes nos esquecemos das antigas.

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  3. Realmente, se não fossem as tecnologias antigas não existiriam as novas e nem o aperfeiçoamento

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  4. Sim, quais as doenças que são recorrentes do seu uso?

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  5. Muito interessante, obgd por compartilharem!

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  6. Gostei muito da matéria. Os objetos tem história e as tecnologias também.

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  7. INTERESSANTE, estou escrevendo meu segundo livro sobre IA, e resolvi nesta segunda obra abordar a historiografia da comunicação, e gostei muito do que encontrei aqui. Parabéns.
    Dr. Paulo Gabriel. Ph.D

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