segunda-feira, 22 de julho de 2013

Famosos e suas máquinas de escrever



       Em diversas épocas temos um fator em comum, a tarefa de melhorar nosso sistema educacional, tornando-o cada vez mais dinâmico e criativo, tentando sempre seguir e atender a sociedade com as tecnologias da atualidade. Pois, instituir mudanças na escola, adequando-se às exigências da sociedade do conhecimento, constitui hoje um dos melhores desafios educacionais (Hargreaves, 1995).

       Todavia, percebemos que o que ontem era considerado como uma ferramenta fundamental da era tecnológica, hoje significa apenas um reflexo o que ainda está por vir.

       A este exemplo seguimos com a máquina de escrever (matéria anterior), que com sua chegada revolucionou a era da escrita e durante muito tempo foi e continua sendo usada, atualmente como artefato decorativo ou até mesmo aqueles que preferem escrever a base de um bom café e uma folha em sua máquina ao lado para passar nostálgicas tardes escrevendo poemas entre outros.

      Para tanto, mostraremos como esse instrumento de escrita, de companhia, de uso ou decorativo foi e é utilizado de diversas maneiras até mesmo por grandes e conhecidos nomes.

      Iniciaremos com Clarice Lispector,  escritora e jornalista nascida no Império Russo e naturalizada brasileira. Gostava da combinação café, máquina de escrever e de uma boa ideia acompanhada uma boa história. 



Clarice Lispector  



Nelson Falcão Rodrigues foi um importante jornalista e escritor brasileiro, e tido como o mais influente dramaturgo do Brasil. Não dispensava um cigarro e uma máquina de escrever. Tinha uma ideia de romance na cachola. Cigarro na ponta da boca, dedos em riste, e uma fumaça expelida que cobria o local.

Nelson Rodrigues



William Cuthbert Faulkner é considerado um dos maiores escritores estadunidenses do século XX. Recebeu o Nobel de Literatura de 1949. Posteriormente, ganhou o National Book Awards em 1951, por Collected Stories e em 1955, pelo romance Uma Fábula.

William Faulkner



 Saul Bellow foi um escritor judeu nascido no Canadá e naturalizado cidadão estadunidense. Recebeu o Nobel de Literatura de 1976.

Saul Bellow



Dorothy Parker foi uma escritora, poetisa, dramaturga e crítica estadunidense que não dispensava sua máquina de escrever.

Dorothy Parker




Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo George Orwell, foi um escritor e jornalista inglês.

 George Orwell



Norman Cohen é um cantor, compositor, poeta e escritor canadense. Embora seja mais conhecido por suas canções, que alcançaram notoriedade tanto em sua voz quanto na de outros intérpretes, Cohen passou a se dedicar à música apenas depois dos 30 anos, já consagrado como autor de romances e livros de poesia.

 Norman Cohen



Dame Agatha Mary Clarissa Christie, mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Seus livros são os mais traduzidos de todo o planeta, encontrados em 103 idiomas diferentes.

Agatha Christie 



 Henry Charles Bukowski Jr (nascido Heinrich Karl Bukowski; Andernach, 16 de agosto de 1920 – Los Angeles, 9 de março de 1994) foi um poeta, contista e romancista estadunidense nascido na Alemanha. Sua obra de caráter (inicialmente) obsceno e estilo totalmente coloquial, com descrições de trabalhos braçais, porres e relacionamentos baratos, fascinaram gerações que buscavam uma obra com a qual pudessem se identificar.

Charles Bukowski 

       Mesmo sendo adepta as tecnologias da atualidade, ainda acredito na máquina de escrever, afinal seu charme e encantamento, apesar dos anos, ainda assim foi conservado. Estes autores apenas são um exemplo de tamanho brilho que esta máquina trouxe em sua época e que ainda está por trazer a nossa sociedade, afinal quem não tem um livro em sua estante que pode ter sio escrito por uma máquina destas?


Um abraço à todos!! E ótimas leituras!!

domingo, 14 de julho de 2013

A máquina de escrever

   A máquina de escrever


   A máquina de escrever como algo do passado ou apenas uma pausa para o futuro?


     Entre tantas tecnologias presentes na educação atualmente, a máquina de escrever já foi considerada um grande passo tecnológico em seu momento dentro história, todavia poucos conhecem sua historicidade.
    Logo, com a evolução, os tempos foram se modificando e para chegar até o nosso contemporâneo computador a comunidade tecnológica precisou "dar" um grande passo rumo aos meios de escrita e comunicação em nossa sociedade.
    Equipamentos de ponta surgiram e nossas antigas máquinas, antes revolucionarias ficaram guardadas, hoje, para exposições.
     Mas você conhece a história do início dessa escrita tecnológica? Quem conhece como iniciou o processo de escrita das máquinas de escrever? Eis a história...

A história da Máquina de Escrever

Por Letícia do Santos e Marcela de Lima

      A máquina de escrever, máquina datilográfica ou máquina de datilografia é um instrumento mecânico, eletromecânico ou eletrônico com teclas que, quando pressionadas, causam a impressão de caracteres num documento, em geral de papel.

     O método pelo qual uma máquina de escrever deixa a impressão no papel varia de acordo com o tipo de máquina. Habitualmente é causado pelo impacto de um elemento metálico, com um alto relevo do carácter a imprimir, numa fita com tinta que em contato com o papel é depositada na sua superfície.


A MÁQUINA DE ESCREVER BRASILEIRA 

     A invenção de um dispositivo mecânico de escrita no Brasil é atribuída ao padre Francisco João de Azevedo, nascido na Paraíba do Norte (atual João Pessoa) em 1827 e falecido em 1888. Professor de Matemática do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, integrante de uma família em que existiam mecânicos, constrói um modelo de máquina de escrever que apresentou na Exposição Agrícola e Industrial de Pernambuco em 1861, e na Exposição Nacional do Rio de Janeiro, em fins do mesmo ano, sendo premiado com a Medalha de Ouro.


A INVENÇÃO 

     É difícil precisar quando a máquina de escrever foi “inventada”; e também é difícil precisar quando ela começou a ser fabricada. A primeira patente para uma máquina de escrever foi concedida na Inglaterra para Henry Mills em 1713.
     Não havia detalhes sobre a máquina em si ou sobre exemplares fabricados, portanto ainda paira a dúvida se a patente foi concedida realmente para uma máquina de escrever. Segundo o historiador Michael Adler, a primeira máquina de escrever documentada foi fabricada por um nobre italiano chamado Pellegrino Turri por volta de 1808.
     Ele fabricou um artefato para que uma amiga, cega, pudesse se corresponder com ele. A máquina em si já não existe, mas algumas das cartas sim. Vários outros inventores desenvolveram protótipos, mas foi o Padre Azevedo quem conseguiu construir o primeiro modelo que funcionava. o modelo de Henry Mill, nunca saiu do projeto, ou seja, nunca foi construído; o francês Xavier Progin, de Marselha, em 1833, apresentou o seu invento, em que usou barras de tipo, sendo uma alavanca para cada letra .A partir de 1850, principalmente nos Estados Unidos e Europa, muitas foram as máquinas de escrever que surgiram, com especial destaque para: Alfred Ely Beach, de Nova York (1856); do Dr. Samuel W.


O IMPACTO DA MAQUINA DE ESCREVER NAS REDAÇÕES

     Em fevereiro de 1912 o Jornal do Brasil adquiriu três máquinas de escrever, o primeiro passo para substituir as canetas bico de pena, processo este concluído muitos anos depois diante das reações de veteranos jornalistas que não abriam mão do hábito de escrever a mão. Alguns daqueles senhores conheciam o equipamento, disponível na Casa Pratt e outras lojas especializadas, há mais de uma década, naquele tempo usado apenas nas repartições públicas, escritórios de advocacia e, a julgar pelos apelos de venda dos anúncios publicados em jornais e revistas, também em alguns lares. Os reclames insistiam na praticidade de se escrever cartas numa máquina das marcas Royal ou Remington.
     Mas, o uso de esses “incômodos” aparelhos de ferro nas redações não era cogitado. É desconcertante imaginar que a tecnologia da máquina de escrever tenha demorado tanto a ser assimilada pelas redações, considerando que o seu uso efetivamente foi popularizado no final da década de 20. Afinal, o invento estava disponível no país, desde a última década do século XIX e o teclado “infernal” que assustava os jornalistas com a sua incompreensível combinação de letras já era realidade nas oficinas desde a introdução do linotipo.
     Ou seja, durante muitos anos não houve a correlação de tecnologias que seria recomendável para agilizar os processos de pré-impressão. O jornalista escrevia a mão e o linotipista que muitas vezes era obrigado a interpretar garranchos, fazia a digitação mecânica. Redatores mais experientes sentavam-se ao lado do linotipista e ditavam o seu texto de cabeça; as correções feitas, ali mesmo, na hora.


SUBSTITUÍDA

     Desde a sua invenção e ao longo de grande parte do século 20, as máquinas de escrever foram ferramentas indispensáveis para muitos escritórios de negócios. Até o final da década de 1980, os processadores de texto e computadores pessoais tinham substituído em grande parte as tarefas anteriormente realizadas com máquinas de escrever no mundo ocidental. Não é correto dizer que as máquinas de escrever foram totalmente extintas, mas que sumiram, sumiram.


CURIOSIDADE

     Última fábrica de máquinas de escrever do mundo fechou as portas em 2011. A Godrej and Boyce, a última empresa no mundo que ainda fabricava máquinas de escrever, fechou as portas em Mumbai, Índia. Apenas 200 máquinas restaram no estoque da empresa. “Não estamos mais recebendo pedidos”, disse o gerente da fábrica, Milind Dukle, ao jornal indiano Bussiness Standard.

SEGUEM ALGUMAS MÁQUINAS DE ESCREVER QUE FIZERAM MUITO SUCESSO




      Com sua fabricação iniciada em 1873, a Máquina de Escrever Scholes and Glidden foi a primeira produzida em larga escala a fazer sucesso comercialmente. Se você sempre quis saber o nome dos caras responsáveis por forçá-lo a aprender o layout QWERTY, eis os culpados: Christopher Latham Sholes e Carlos S. Glidden.


   
    O Crandall New Model, que fez a sua primeira aparição em 1885, é bacana porque se parece com a caveira de uma máquina de escrever. Nada além do necessário está presente aqui. Apenas o puro e inalterado maquinário.
        

     A Hermes 3000 é nada mais que icônica. Apresentada nos anos 1950, suas linhas curvas e conforto ao digitar a tornaram a favorita dos digitadores por décadas. Mesmo hoje, poucas máquinas de escrever são lembradas com tanto carinho.

    
      Sem dúvida a mais estranha de todas as máquinas de escrever, a Hansen Writing Ball surgiu em 1865. Ela exigia que o digitador ficasse de cima ao seu teclado montado no topo e colocasse o papel embaixo, que por sua vez era esticado em uma moldura arcada. O proprietário mais famoso de uma Writing Ball? Friedrich Nietzsche.




     A máquina de escrever Lettera 10 não é particularmente chamativa, mas a combinação de superfícies curvas, ângulos retos e uma abordagem minimalista torna esta máquina a mais influenciada por ficção científica de todas.




     Um designer quis voltar no tempo e criou um estilo retrô para o famoso iPad. É isso mesmo, Austin Yang desenvolveu uma máquina de escrever mecânica para o aparelho.
     Em vez de usar o Bluetooth para poder teclar na tela, o aparelho tem hastes que tocam no teclado virtual do tablet quando o usuário pressiona a tecla, inserindo a letra desejada no texto.
     O projeto, chamado de iTypewtriter, tem como objetivo que os mais velhos, acostumados apenas com as máquinas de escrever, voltem a usar o aparelho só que agora junto com o iPad. 
     O iTypewtriter ainda não está à venda.

 
    Eis que fica a questão, a máquina de escrever tornou-se algo do passado ou apenas uma pausa para o futuro? Fica a questão.


Fontes: http://ahistoriadacomunicacao.wordpress.com/2013/04/01/a-historia-da-maquina-de-escrever/;
http://gizmodo.uol.com.br/10-das-mais-belas-maquinas-de-escrever-da-historia/